segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ser Maçom


Ser maçom implica, acima de tudo, em trabalhar em si mesmo. Nosso ideário, expresso em nossos rituais e em nossas leis, objetivam a transformação do "eu", nos dizeres maçônicos, na transformação da pedra-bruta em pedra cúbica polida, a única que tem serventia na construção do Templo.
Este trabalho, em nós mesmos, é penoso e muito difícil. Facilmente podemos constatar que é um trabalho para toda uma vida e que nunca o terminaremos enquanto vivermos.
Embora por vezes nos confundamos, os frutos deste trabalho não são os graus que nos são conferidos nos diversos sistemas ritualísticos maçônicos, não são os cargos que possamos ter em loja ou na estrutura da obediência maçônica.
O verdadeiro fruto é o Maçom, o artífice proficiente em sua arte, a pedra cúbica polida que pode se encaixar perfeitamente em 99 % da obra de construção do Templo.
O maçom, é justo em suas medidas, realiza obras de boa geometria, sabe usar o esquadro e o compasso, é mestre no trabalho com a tríplice argamassa e a trolha. Utiliza a régua de 24 polegadas e a alavanca com a necessária força e vigor, nem mais nem menos do que a necessidade lhe impõem.
Ao utilizar o cordel, o lápis e a prancheta de traçar sempre se vê como o operário que irá executar seu plano de trabalho, desta forma não impõem aos outros operários tarefas que ele próprio não saberia ou teria forças para executar.
O Maçom cuida bem de suas ferramentas de trabalho... não se vê em sua oficina ferramentas espalhadas e em desordem. Também não admite que utilizem suas ferramentas de forma a estragá-las ou inutilizá-las. Elas estão sempre prontas para serem utilizadas de forma correta e com presteza e maestria.
O Maçom vai em socorro dos outros operários com suas ferramentas e Arte, pronto a auxiliá-los em suas próprias obras, mas não pode fazer toda a obra dos outros operários, pois aí a obra seria sua e não do outro e, a sua própria obra, ficaria abandonada... Também não pode emprestar indefinidamente suas ferramentas, pois não teria com o que trabalhar em sua própria obra...
Mas este Maçom, operário competente, sabe que somente a prática continua de sua Arte pode lhe proporcionar resultados justos e perfeitos em seu trabalho. Por isso nunca se afasta do seu canteiro de obras. Está sempre atento a sua obra e a forma e estrutura que a mesma vai adquirindo. Sempre repensando se as medidas de cada trabalho que realiza estão harmônicas com o todo da obra.
Também não titubeia em refazer um trabalho quando necessário. Pois tem consciência que uma peça mal feita ou um erro de medida poderá por toda a obra a perder. A obra poderá ruir ou não ter funcionalidade ou então se tornar uma construção feia que em nada lembrará os elegantes e bem alicerçados Templos que estão a sua volta.

De:


Publicado no grupo Salmo 133 – Restaurando o Espírito Maçom




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